Não é um livro de fácil digestão e talvez por isso tenha demorado tanto
tempo a lê-lo. Ao retratar as últimas três décadas da história recente
do Afeganistão, com epicentro em Cabul, nesta autobiografia o autor
coloca-nos perante a crueldade e desumanidade que um cenário de guerra
alimenta.
Está é a história de um menino que se faz adolescente e
homem durante sucessivos conflitos, que o levaram a si e à sua numerosa
família numa fuga mal sucedida por todo o Afeganistão.
Faz-nos
pensar que o nosso conceito contemporâneo de "liberdade" enquanto
ocidentais em nada se assemelha aos desejos e aspirações destes povos
islâmicos, sucessivamente paralisados pela guerra, política ou religião.
É
uma história simples, que, como o próprio afirma, podia ser a história
de qualquer família afegã que permaneceu na sua pátria durante a(s)
guerra(s). Não é uma história fácil porque é verdadeira, aconteceu mesmo
e não devia ter acontecido.
✰✰✰✰ (4 em 5)
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